sábado, 6 de novembro de 2010

Vicio


Espreito isto todos os dias e gosto.

Como que uma extensão daquilo que ouço.

Sei que deves ouvir isto muitas vezes mas, cá vai: OBRIGADO P.! Do fundo do coração.

O Amor...


... Incondicional sufoca. Pode tornar-se uma doença, quando deixamos de viver a nossa vida, de projectar os nossos sonhos em função de alguém. Eu não quero ser assim. Nunca! Chamem-me egoísta, se quiserem, mas quero ser diferente.

A vida comum de todos os dias corroí-me e assusta-me!

Talvez noutro dia possa desenvolver este assunto sem ser injusto e, sem magoar ninguém. Agora a quente, pura e simplesmente, não dá.

domingo, 31 de outubro de 2010

Uma peça chamada Realidade


Era uma vez dois irmãos que desde pequenos queriam as mesmas coisas. Filhos do mesmo pai e da mesma mãe, a diferença de idades era pouca. Educados da mesma forma, os pais não conseguiam compreender esta rivalidade. Mas ela sempre existiu e foi piorando com o tempo.

Os dois irmãos não se preocupavam com mais ninguém, apenas o seu próprio bem-estar interessava. Lutam um contra o outro, acusações várias são atiradas amiúde. Das quezílias regulares saldam-se pequenas vitórias, ou ganhos morais, nada de real e concreto. Isto acontece porque, no fim das contas sao, apenas, mais do mesmo. Farinha do mesmo saco, hipnotizada pelo cheiro do poder. Ambos perseguem o mesmo resultado - controlar alguém - mesmo que seja uma massa uniforme sem capacidade critica.

Para seu bem, assim é. E, por sua vontade, assim vai continuar a ser, por largos anos. Cedo aprenderam que o acto de pensar é perigoso. A Ideia é, para eles, uma arma de destruição em massa, que desfaz o seu castelo de cartas.

A luta é uma fachada cada vez mais evidente, uma vez que, as suas diferenças foram-se esbatendo com o tempo à medida que se embriagavam de poder. Os antigos ideais ruíram e o pó levo-o o vento. A luta mal disfarçada apenas serve para continuar o círculo vicioso que se tornou as suas vidas.

Episodicamente, mostram-se pequenas encenações para justificar certos actos, fingem-se reivindicações e cedências, o publico assiste maravilhado e aplaude os seus actores no palco.

O último espectáculo foi muito bom, diz quem viu que a sala estava repleta de gente. Saíram de barriga cheia mas não dão lugar a outros. As almas famintas continuam e esperar pela sua vez de entrar. Esperam que lhes alimente a alma de ilusão, para que possam continuar a acreditar.

Porque a arte é a representação do mundo, qualquer semelhança entre esta peça e a realidade é pura coincidência. Até porque eu prometi não falar mais de politica.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E agora só lá pelo Natal


Pois é, o dolce fare niente está a acabar. O corpo maçado e as dores nas pernas mostraram-me, hoje, que as mini-férias estão a chegar ao fim. Foi um tempo bom em que me entreguei ao mais completo ócio e dei largas a uma preguiça aguda. Agora é aproveitar o fim-de-semana livre e voltar à rotina de sempre na segunda-feira. Depois, resta esperar pelo Natal a viver fins-de-semana nas sextas-feiras.

Tudo isto serve para, tristemente, constatar que não fiz nada do que tinha planeado para estes dias.

Mais uma prova inequívoca da falibilidade dos meus planos... [Humpf]

Mea culpa

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Instinto paternal [Porque o amor de um pai é muito lindo]


Há certos dias em que tenho consciência de que - ainda - não estou preparado para ser pai. Acordar às 7h30 com os berros de uma criança é algo demais para mim! E eu até quero ser pai... um dia... Mas os berros estridentes desta criança em particular, conseguem estragar-me o dia.
É que o moçoilo acorda cedo como o raio a gritar pela progenitora e, a santa alma da mãezinha, acha tudo muito natural. Ponto positivo: Começo o dia com uma aula de línguas. Teria de ter alguma vantagem ser vizinho de húngaros... O melting pot da big City tem destas coisas.

Mas, ou é inato ou é por estar de ferias, estes concertos irritam-me. Naturalmente, prefiro acordar com passarinhos a cantar à janela porque, se quisesse ouvir orquestra ia a São Roque!

Afinal, o meu desejo de paternidade ainda vai ficar reprimido mais uns anos. Haja quem espere e desespere. Eu, ainda não estou preparado!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reacção à recandidatura de Cavaco Silva

Após de ter confirmado a coragem e desprendimento [espero que se sinta toda a carga de ironia nestes dois adjectivos]de Cavaco Silva ao, abnegadamente [outra vez], se predispor a comandar esse navio mais roto que uma rede de pesca, a que chamamos Portugal, só tenho uma reacção. E tudo o que tenho a dizer sobre o passado recente, o presente e o futuro próximo do meu Portugal já foi dito por Sérgio Godinho. Agora, ele vai-me emprestar as suas palavras para colocar aqui

Cada um entenda o que quiser!

Tudo na mesma lá longe...


Pois é, faz pouco mais de um ano que eu abandonei a segurança do meu cantinho à beira-mar plantado, para me lançar naquilo que, espero, me leve ao ponto culminante da minha existência. A viagem às Américas é ponto mais do que assente.
Mas, não é isso que me inquieta. A imobilidade de um povo, que já foi, aventureiro aterroriza-me. E como membro da classe, ainda me aterroriza mais o desfile de banalidades que são os nossos serviços noticiosos. Ok. Eu sei que existem noticias que se tem de dar e que são importantes - sim, estou a falar da recandidatura de Cavaco - mas todo o circo montado em seu redor, ultrapassa-me. Quem em sã consciência já não sabia desta decisão? Pois é. Meio mundo já tinha conhecimento e, muito provavelmente voltará a ser eleito. Mais uma vez a imobilidade tolda a visão de certos espíritos para a mudança.
No entanto, justiça seja feita a Cavaco, teve a coragem e decência para ser recandidatar ao cargo mais importante de uma nação em farrapos, praticamente nua, a caminhar para a superficialidade e o vazio. Mas, como diz o ditado: "Quem lhe comeu a carne, que lhe roa agora os ossos".
E, seja como for, hoje aqui, amanhã ali,mas um dia volto... Nesse dia gostaria de contribuir activamente para que a morte de um polvo na Alemanha não ocupasse o pensamento dos portugueses e o espaço de telejornais como uma eleição para a Presidência da Republica.
Bem sei que já ninguém liga a politica em nenhuma parte do Mundo mas, a comunicação social não precisa de ajudar mais à festa.
Experimentem tentar fazer as pessoas pensar e agir. Sei que pode ser perigoso para muitos mas, há que lembrar que não existem lideres sem massa humana. Quanto melhor for o povo melhores serão os seus lideres.

Engraçado, lembrei-me agora mesmo que, os grandes lideres da humanidade são, ainda hoje, lembrados pelos seus gestos enérgicos em momentos decisivos e nao pelo dinheiro que conseguiram amealhar. Obrigado e boa noite.